Resenha: Salvando a Mona Lisa – Gerri Chanel

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Nesta resenha você vai conhecer o livro Salvando a Mona Lisa, de Gerri Chanel. Esta obra conta com detalhes a extraordinária batalha para proteger o Louvre e seus tesouros da invasão nazista.

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Já passou pela sua cabeça como as obras de arte conseguiram atravessar séculos e continuarem intactas, mesmo após vários períodos conturbados da história?

Eu nunca havia pensado sobre isso, até o dia em que me deparei com o livro Salvando a Mona Lisa, da jornalista Gerri Chanel, publicado pela Editora Vestígio.

Salvando a Mona Lisa –  A extraordinária batalha para proteger o Louvre e seus tesouros da invasão nazista é o resultado de um excelente trabalho de pesquisa no qual, a autora Gerri Chanel buscou organizar de forma bastante didática inúmeros fatos ocorrido na França, especialmente, sobre o museu do Louvre e suas obras. 

A princípio, o livro inicia com um importante relato de como teria sido a construção de uma fortaleza em 1190 pelo rei Filipe Augusto.

Posteriormente, transformada no Museu do Louvre, um dos museus mais famosos da atualidade.

Assim, a história avança e vamos conhecendo os reis e imperadores que governaram a França e como o museu foi se desenvolvendo e recebendo as primeiras obras de arte.

Um fato interessante apresentado no livro foi acerca do roubo da Monalisa ocorrido em 1911 que passou despercebido por um período de 24 horas. Somente dois anos depois a famosa pintura foi reencontrada.

No entanto, o foco principal do livro é mostrar como curadores e demais funcionários dos museus da França conseguiram proteger milhares de obras de arte dos soldados nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

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Com o crescimento do partido nazista em 1932, o diretor do Louvre, Henri Verne iniciou um processo de planejamento para evacuar as obras mais valiosas e colocá-las em locais seguros.

Assim, às 5 da tarde do dia 25 de agosto de 1939, nove dias antes de a França declarar Guerra à Alemanha, o museu do Louvre fechou as portas para os visitantes.

Em seguida, funcionários e voluntários começaram a desmontar, embalar e encaixotar algumas das obras de arte mais preciosas do mundo e providenciaram a maior evacuação de museu da história. 

Cada peça recebeu uma etiqueta com um adesivo colorido de acordo com a prioridade e prestígio da obra: vermelho para prioridade máxima, verde para o mais significativo em meio a outras peças e amarelo para as obras de menor prioridade.

As obras mais prestigiosas receberam dois adesivos vermelhos e a Monalisa foi a única a receber três adesivos. Durante os cinco anos de exílio, a Monalisa foi transportada seis vezes.

“A Mona Lisa saiu no primeiro comboio, acomodada em um estojo de álamo com o interior acolchoado com veludo vermelho, feito sob medida, que em seguida foi cuidadosamente posto em um caixote.”

As pessoas envolvidas nesse processo enfrentaram um grande desafio, pois haviam obras gigantes.

Um exemplo é a pintura A balsa de medusa, medindo aproximadamente 7 metros de comprimento e 5 de altura. Além disso, o artista utilizara um  material pegajoso e com isso, era impossível enrolar a pintura para transportar.

A única solução seria transportá-la do jeito que estava. Isso mobilizou um grande contingente de profissionais dos Correios e da Agência de telecomunicações da França.

Desse modo, a viagem do comboio que levou a Monalisa durou três dias para chegar ao destino, pois devido à delicadeza da carga era necessário fazer várias paradas para verificar se tudo estava no lugar.

E também para que não superaquecessem os motores dos veículos, além do trajeto ser por terrenos bastante acidentados que dificultavam ainda mais a viagem.

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Um nome importante nessa difícil empreitada foi Jacques Jaujard, subdiretor dos Museus Nacionais. Sério e sempre reservado, Jaujard não mediu esforços para a realização desta importante tarefa.

Salvando a Mona Lisa está dividido em seis partes e traz diversas ilustrações. Desde o processo de evacuação das obras até os lugares para os quais as obras foram levadas.

E outras, das pessoas responsáveis pelo transporte e proteção das peças.

Apesar de todo o trabalho, no período entre março de 1941 e Julho de 1944, quase 22 mil peças de arte foram saqueadas pelos alemães.

Salvando a Mona Lisa é um livro de não ficção que apresenta fatos e detalhes minuciosos dessa época tão conturbada da história mundial.

Pessoas com conhecimento da importância da arte para a humanidade arriscaram suas vidas para proteger obras de valores inestimáveis.

Se hoje temos acesso e conhecimento acerca de tais obras, à coragem desses homens e mulheres que lutaram para preservar esse patrimônio cultural. 

Gostou da resenha do livro Salvando a Mona Lisa? Adquira o seu exemplar através deste link e apoie este blog.

“Podemos perder lutas sem perder a honra; não lutar é o que nos faz perder a honra”.
– JACQUES JAUJARD, Feuilles 

Resenha: Salvando a Mona Lisa - Gerri Chanel

ISBN-13: 978-85-54126-31-5
Ano: 2019
Tradutor: Marcelo Hauck 
Páginas: 352
Editora: Vestígio
Skoob: adicione
Compre na Amazon 

*Livro cedido pela Editora Vestígio

Sinopse: No final de agosto de 1939, quando a guerra ameaçava eclodir na Europa, os curadores do Louvre guardaram o quadro mais famoso do mundo em um estojo especial forrado com veludo vermelho e o enviaram ao Vale do Loire, cerca de duzentos quilômetros ao sul de Paris. Assim começou a maior retirada de obras de arte e antiguidades da história. À medida que os alemães se aproximavam da capital em 1940, os franceses se apressavam para despachar as obras-primas cada vez mais ao sul, vez após vez durante a guerra, cruzando todo o sudoeste da França.

Durante a ocupação alemã, a equipe do Louvre lutou para manter tesouros inestimáveis longe das mãos de Hitler e de seus capangas e para manter seguro o palácio do Louvre, muitas vezes arriscando seus empregos e suas vidas para proteger a herança artística do país. Salvando a Mona Lisa é a história arrebatadora e cheia de suspense dessa batalha.

Encorpado por uma pesquisa profunda e acompanhado por fotografias fascinantes daquele período, Salvando a Mona Lisa é uma envolvente história real de arte e beleza, intriga e sagacidade, e de uma coragem moral notável em face de um dos inimigos mais aterrorizantes da história.

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