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Resenha: Vidas Secas – Graciliano Ramos

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No post de hoje, eu trouxe a resenha de Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Uma excelente obra da Literatura Brasileira.

Vidas Secas narra a trajetória de uma família de retirantes no sertão nordestino que na época da seca precisa migrar na esperança de encontrar melhores condições para sobreviver.

Nesse sentido, Graciliano Ramos é mestre em representar através da sua obra a vida do nordestino com todas as suas mazelas. A condição humana é mostrada de forma bastante realista em Vidas Secas.

A família, composta por Fabiano, Sinhá Vitória, Menino mais velho e Menino mais novo. Além da cachorra Baleia que é considerada um integrante da família.

Contudo, Fabiano é um homem rude, de poucas palavras, sem instrução alguma. Com isso, se sente inferior aos demais, é um homem submisso que não consegue ter uma opinião própria.

Resenha: Vidas Secas - Graciliano Ramos

Trabalha como vaqueiro e sempre se sente enganado na hora de receber o pagamento.

Do mesmo modo, Sinhá Vitória é uma mulher forte e trabalhadora que cuida da casa, dos filhos e sempre sonha com um futuro melhor.

Seu sonho de consumo é comprar uma cama de couro, igual a de Seu Tomás da Bolandeira.

Então, o menino mais velho sentiu vontade de aprender sobre as palavras e certo dia ao ouvir a palavra “inferno”, ficou curioso para saber o seu significado.

No entanto, ao questionar Sinhá Vitória, não recebeu uma resposta satisfatória e quando decidiu perguntar a Fabiano, acabou ficando sem resposta.

Leia também: 5 livros sobre o sertão nordestino

O desejo do Menino mais novo era apenas se tornar vaqueiro igual ao pai e sentia orgulho quando via Fabiano vestido as roupas de vaqueiro.

A cachorra Baleia protagoniza um dos momentos mais emblemáticos do livro. Com características humanas, Baleia pensa e sonha.

Por fim, o livro possui treze capítulos que podem ser lidos em qualquer ordem, exceto pelo primeiro (Mudança) e o último (Fuga) que deverão ser lidos na ordem em que aparecem para fazer sentido.

Apresenta uma linguagem simples, com termos bem regionalista e traz uma forte crítica social, direcionada ao governo, aos ricos fazendeiros e aos militares

Se você leu esta resenha de Vidas Secas e se interessou pela obra. Compre o seu livro através deste link e apoie o meu trabalho no blog!

ISBN-10: 8501067342
Ano: 2005
Páginas: 175
Editora: Record
Skoob: adicione
Comprar: Amazon

Sinopse: O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro. Apesar desse sentimento de transbordante solidariedade e compaixão com que a narrativa acompanha a miúda saga do vaqueiro Fabiano e sua gente, o autor contou: “Procurei auscultar a alma do ser rude e quase primitivo que mora na zona mais recuada do sertão… os meus personagens são quase selvagens… pesquisa que os escritores regionalistas não fazem e nem mesmo podem fazer …porque comumente não são familiares com o ambiente que descrevem…Fiz o livrinho sem paisagens, sem diálogos. E sem amor. A minha gente, quase muda, vive numa casa velha de fazenda. As pessoas adultas, preocupadas com o estômago, não tem tempo de abraçar-se. Até a cachorra [Baleia] é uma criatura decente, porque na vizinhança não existem galãs caninos”. VIDAS SECAS é o livro em que Graciliano, visto como antipoético e anti-sonhador por excelência, consegue atingir, com o rigor do texto que tanto prezava, um estado maior de poesia.

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4 comentários em “Resenha: Vidas Secas – Graciliano Ramos”

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