A resenha de hoje é sobre o livro Talvez você deva conversar com alguém.
Uma obra que veio para desmistificar a terapia e mostrar um pouco da relação terapeuta-paciente, trazendo revelações surpreendentes acerca do trabalho dos terapeutas.
Logo, quando soube do lançamento de Talvez você deva conversar com alguém, já senti certa curiosidade para ler a obra e conhecer mais sobre o tema abordado.
Fazer ou falar sobre terapia, ainda hoje, pode ser um tema tratado com desconfiança por muitas pessoas, pois, uma grande parcela da população acredita que terapia é para quem sofre de transtorno mental.
“Uma terapeuta, o terapeuta dela e a vida de todos nós.”
A autora e terapeuta Lori Gottlieb narra sobre sua vida, o tempo em que trabalhou em produções da NBC, em Hollywood e como ela decidiu mudar de carreira e se tornar terapeuta aos 30 anos.
Muito da sua vida pessoal está nesse livro. Sua relação com o Namorado, o desejo de se tornar mãe e, em seguida, os desafios da maternidade, suas relações interpessoais e principalmente, sua relação com seus pacientes.
Na verdade, os personagens descritos no livro, não são, exatamente, seus próprios pacientes, mas, uma mescla de personagens reais e fictícios que a autora usou para relatar alguns fatos.
Tendo em vista que ela, como terapeuta não poderia revelar o conteúdo das conversas que ocorrem em seu consultório.
Vale ressaltar, que na obra a autora conta ainda sobre sua própria experiência com o seu terapeuta.
Quando ela se vê envolta por problemas que não consegue resolver, uma amiga lhe dá um importante conselho: “talvez você deva conversar com alguém”, e assim, ela passa a se consultar com o terapeuta Wendell.
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No início, a narrativa é bem envolvente, especialmente, nos capítulos em que a autora revela suas experiências pessoais.
No entanto, a descrição das sessões com os pacientes se tornam um pouco monótonas, tornando a leitura desmotivante.
Em contrapartida, experiências e relatos de alguns pacientes podem ser bem emocionantes.
Algumas partes do livro são até engraçadas, trazendo uma certa leveza à leitura, No entanto, acredito que muitas descrições poderiam ser deixadas de fora, sem nenhum prejuízo para a compreensão da obra.
Com relação à parte gráfica, eu gostei bastante da edição que apresenta uma capa bem bonita despertando a atenção do leitor.
A diagramação está bem feita, as fontes tem um tamanho adequado, proporcionando conforto na hora de ler.
Além disso, possui uma boa revisão e notas de rodapé que auxiliam para compreensão de alguns termos ou expressões.
Talvez você deva conversar com alguém pode ser bastante apreciado por quem se interessa pelo assunto em questão ou mesmo para estudantes e profissionais da área terapêutica.
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*Livro recebido em parceria com a Editora
Sinopse: De modo geral, buscamos a ajuda de um terapeuta para melhor compreender as angústias, os medos, a culpa ou quaisquer outros sentimentos que nos causam desconforto e sofrimento. Mas quantos de nós já paramos para perguntar: o terapeuta está imune à gama de questões que ele auxilia seus pacientes a dirimir e superar, dia após dia? A autora best-seller e terapeuta Lori Gottlieb nos mostra que a resposta a essa pergunta traz revelações surpreendentes.
Quando ela se vê emocionalmente incapaz de gerenciar uma situação que perturba sua vida, uma amiga lhe faz uma sugestão: talvez você deva conversar com alguém.
Combinando histórias reunidas a partir de sua rica trajetória como terapeuta (distribuídas entre quatro personagens inesquecíveis) à sua própria experiência como paciente, Lori nos oferece um relato afetuoso, leve e comovente sobre a universalidade de nossas perguntas e ansiedades, e joga luz sobre o que há de mais misterioso em nós, afirmando nossa capacidade de mudar nossas vidas.
Uma jornada emocionante de autodescoberta, uma homenagem à natureza humana e um lembrete sobre a importância de sermos ouvidos, mas também de sabermos ouvir. Um livro sobre a importância dos encontros, dos afetos e da coragem de todos os que partimos para a aventura do autoconhecimento.
Quero muito ler esse livro ainda!
Foi uma experiência diferente. Tenho gostado muito de ler não-ficção.