Resenha: Dom Casmurro – Machado de Assis

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A resenha de hoje é da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. Este é mais um daqueles clássicos que precisamos ler pelo menos uma vez durante a nossa vida.

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Publicado em 1900, ao lado de Memorias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba formam a chamada tríade realista machadiana.

Neste romance de Machado de Assis, o protagonista Bento Santiago, antes chamado de Bentinho, começa a rememorar a história da sua vida.

“O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência.”

Ele inicia contando como recebeu o apelido de Dom Casmurro e em seguida, relata acontecimentos do período da adolescência quando ouviu escondido, uma conversa entre sua mãe e José Dias sobre a promessa que ela fizera de enviá-lo para o seminário.

Bentinho também descobre estar apaixonado pela vizinha Capitu e revela à garota a promessa de sua mãe. 

Capitu pensa em alguns planos para evitar que se cumpra a promessa, porém, nenhum deles funciona e Bentinho é levado para o seminário.

Durante a ausência de Bentinho, Capitu se aproxima de D. Glória, ao tempo em que no seminário, Bentinho encontra em Escobar, um amigo e confidente

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Diante da ótima relação entre D. Glória e Capitu, a viúva começa a ver com certa satisfação um futuro relacionamento entre Bentinho e a garota.

Mas ainda teria que resolver a questão da promessa, e a solução chegou através de Escobar que também desejava sair do seminário para se dedicar ao comércio.

“— Sua mãe fez promessa a Deus de lhe dar um sacerdote, não é? Pois bem, dê-lhe um sacerdote, que não seja você. Ela pode muito bem tomar a si algum mocinho órfão, fazê-lo ordenar à sua custa, está dado um padre ao altar, sem que você…”

Bentinho inicia os estudos no Curso de Direito, se forma aos vinte e dois anos e se casa com Capitu.

Escobar também se casa com Sancha, uma amiga de Capitu e os dois casais estreitam ainda mais os laços de amizade.

Depois de alguns anos tentando engravidar, Capitu da à luz a um menino que recebe o nome de Ezequiel (primeiro nome de Escobar), em homenagem ao amigo e assim, retribui a homenagem que Sancha e Escobar fizeram ao colocar na filha o nome de Capitolina (Capitu).

Os anos passam e Bentinho passa a nutrir uma grande desconfiança: seu filho Ezequiel apresenta traços semelhantes aos de Escobar.

Passado algum tempo Escobar vai nadar no mar e morre afogado. Durante o velório,  Capitu olha fixo para o defunto, ao tempo em que derrama algumas lágrimas.

Foram estes, motivos suficientes para que uma dúvida cruel começasse a perturbar Bentinho. Capitu o traiu ou não com o seu melhor amigo?

“Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas…”

Dom Casmurro trata-se de uma das obras de Literatura Brasileira mais estudadas nas Universidades do Brasil e de vários outros países.

A obra traz à luz do debate, temas bastante polêmicos como o ciúmes e o adultério. Narrado em primeira pessoa, temos apenas a visão unilateral do narrador-protagonista.

Diante disso, o leitor precisa ficar atento para não se deixar convencer pelo narrador, visto que, este não é totalmente confiável. 

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Devido ao fato de nunca ter havido uma confirmação da possível traição de Capitu, cabe ao leitor fazer este julgamento. 

Porém,  mesmo seguindo algumas pistas que o narrador vai deixando ao longo da história, ainda assim, não será possível responder com absoluta certeza se Capitu traiu ou não Bentinho. 

E isso nos mostra mais uma vez à genialidade da escrita de Machado de Assis, que criou uma narrativa repleta de ambiguidade, além de ter construído uma das personagens mais emblemáticas da Literatura Brasileira.

Capitu, com seus “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”, ou simplesmente Capitu, uma mulher inteligente, forte e sagaz.

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Resenha Dom Casmurro Machado de Assis

ISBN-13: 9788532204158
Ano: 1997
Páginas: 223
Editora: Ática
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Sinopse: Poucos romances examinam com tanta sutileza as artimanhas do ciúme como Dom Casmurro. Publicado em 1899, o livro permanece ainda hoje como um dos mais fascinantes estudos da traição. Aliás, como o leitor mais atento perceberá, são supostamente duas: a de Capitu, exposta pelo marido Bentinho, e a própria narrativa sobre como Bentinho modifica os fatos para corroborar suas suspeitas matrimoniais. Tudo isso é narrado com graça e inteligência num romance que jamais parece esgotar suas possibilidades de leitura. Críticos como Roberto Schwarz e Susan Sontag consideram a obra de Machado como um dos momentos mais altos da prosa ocidental do final do século XIX.

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