Resenha de O Tratador do Zoológico de Mossul. Uma obra daquelas que você inicia sem muitas expectativas, mas no decorrer da leitura é arrebatado de tal forma, que te toca profundamente.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!É a história real do homem que enfrentou o Estado Islâmico para salvar animais em uma cidade arrasada pela guerra.
Abu Laith, que significa Pai dos Leões, é um homem que está na casa dos 40 anos e sempre ganhou a vida como mecânico de carros de luxo. No entanto, a sua verdadeira paixão é cuidar dos animais do zoológico de Mossul.
Ele administra o local com todo rigor, sempre cuidando do bem-estar dos animais. Dentre os quais o seu favorito é o leão Zombie, que o tratador cuida como se fosse um filho.
Abu Laith tem planos de construir o seu próprio zoológico e cuidar dos próprios animais, mas esse sonho desmorona quando o Daesh ocupa a cidade de Mossul, em 2014.
O Daesh é um grupo extremista que impõe doutrinas religiosas fanáticas e todo aquele que desobedece paga com a própria vida.
Por ter um temperamento enérgico e desafiador, Abu Laith precisou permanecer escondido durante muito tempo para não morrer, pois ele se negava a frequentar a mesquita.
Enquanto a guerra acontecia e Abu Laith precisava se manter escondido para salvar a própria vida.
Ele não deixava de pensar um só minuto nos animais que estavam abandonados à própria sorte, sem comida e com pouquíssima água, em meio a ataques com bombas e mísseis.
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O tratador cria alguns meios para não deixar os animais descuidados. Ele contrata um rapaz para tomar conta dos animais.
No entanto, quando o confronto se intensifica, é praticamente, impossível chegar perto do zoológico e alguns animais perecem.
Assim, quando o exército consegue expulsar o Daesh e a população começa a retornar para suas casas ou o que restou delas, Abu Laith com a ajuda do Dr. Amir e sua equipe, montam uma operação para resgatar os animais sobreviventes e levar para um lugar seguro.
Sempre gostei de livros com histórias sobre guerras, no entanto, nunca tinha parado para pensar sobre o que acontece com os animais em um conflito.
Ficamos chocados e tocados por tudo que ocorre ao ser humano em um período de combates armados, mas o que acontece aos animais enquanto isso?
O Tratador do Zoológico de Mossul me trouxe muitas reflexões. Foi emocionante acompanhar todo o esforço de Abu Laith para cuidar dos animais, ele não deixou de buscar formas para alimentá-los, mesmo quando não tinha comida para se próprio e para a família.
Dessa forma, quando já não tinha mais condições de cuidá-los sozinho, não hesitou em aceitar ajuda e buscar alternativas para salvá-los, mesmo que isso custasse o preço de não vê-los nunca mais.
Louise Callaghan escreveu este livro baseando-se nas narrações das pessoas que vivenciaram esses eventos. No entanto, algumas delas tiveram seus nomes alterados.
Além disso, diversas entrevistas foram realizadas com os principais personagens e todos os fatos foram checados com muita precisão.
É importante ressaltar que parte da renda deste livro é destinada a Abu Laith e a Fowr Paws, uma instituição beneficente que resgata e cuida de animais em situação de risco.
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Espero que você tenha gostado da resenha de O Tratador do Zoológico de Mossul. Esta é uma história real de amor incondicional entre um ser humano e os animais. Recomendo muito a leitura.
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ISBN-13: 9786586551020
Ano: 2020
Páginas: 336
Tradução: Luis Reyes Gil
Editora: Vestígio
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*Livro recebido em parceria com a Editora Vestígio
Sinopse: Entre 2014 e 2017, a organização terrorista autointitulada “Estado Islâmico” dominou Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, impondo seu fundamentalismo, executando “traidores”, destruindo livros e oprimindo as mulheres. Mas, milagrosamente, em um parque às margens do Rio Tigre, um zoológico foi mantido em funcionamento. O tratador do zoológico de Mossul é a história de Abu Laith, um homem com um passado exótico e uma reverência pelos animais, nutrida desde a infância. Seu nome verdadeiro é Imad, mas desde que ele conseguia se lembrar, todos o chamavam pelo apelido, Abu Laith – “Pai dos Leões”.
Os leões e os ursos do zoológico de Mossul sobreviveram não apenas a dois anos de ocupação e repressão do Estado Islâmico, mas também à fome e aos bombardeios das forças libertadoras. Quando os animais começaram a morrer de inanição, Abu Laith, sua família e alguns de seus amigos passaram fome para mantê-los vivos. Eles arriscaram a vida vasculhando caixas com restos de comida nos bairros ocupados pelos terroristas. Em um esforço heroico, os animais sobreviventes foram contrabandeados para fora do Iraque em uma ousada e eletrizante operação de resgate.
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