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Resenha: O Diário de Anne Frank

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O post de hoje tem uma resenha do livro O Diário de Anne Frank. Ele foi escrito por uma garota que vivenciou um dos períodos mais tenebrosos da História: A II Guerra Mundial. Durante dois anos, Anne, sua família e mais quatro pessoas viveram escondidos em um conjunto de cômodos nos fundos da empresa onde seu pai trabalhava.

Este diário inicia-se a partir do momento em que Anne completa 13 anos de idade e recebe de presente um diário que ela passa a chamar de querida Kitty. Nele, Anne começa a escrever suas vivências de menina, fatos sobre sua família e sobre sua escola. Mas quando Margot, sua irmã mais velha, recebe uma convocação para comparecer a um centro nazista, toda a família, que já estava planejando fugir a algum tempo, decide partir naquela mesma noite.

Com a ajuda de amigos, eles se escondem nos cômodos que passam a chamar de Anexo Secreto. Inicialmente, foram seu pai Otto Frank,  sua mãe Edith Frank, sua irmã Margot e Anne. Logo em seguida chegaram ao anexo a família Van Dan composta pelo casal e seu filho Peter. Posteriormente, um dentista chamado Dussel se juntaria às duas famílias no esconderijo.

Anne passa a escrever sobre seu cotidiano, e os fatos narrados durante esse período são impressionantes. Desde o momento em que chegaram ao local, eles cobriram as janelas com cortinas improvisadas, evitando que pessoas de fora enxergassem qualquer movimento lá dentro. Além disso, todos conversavam sussurrando, pois durante o dia a empresa que havia no prédio estava aberta e com vários funcionários trabalhando. Portanto, qualquer ruído que fizessem, eles poderiam ser descobertos.

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Em determinados horários a descarga do sanitário não deveria ser utilizada para não fazer barulho. O medo se tornou companheiro inseparável de todos. A cada barulho estranho que era ouvido do lado de fora do anexo, todos ficavam aterrorizados.

Resenha O Diário de Anne Frank
Resenha O Diário de Anne Frank

Como toda adolescente, Anne está passando por uma fase de descobertas, dúvidas e anseios, ela narra sobre as mudanças no seu corpo, a descoberta da sua sexualidade, sobre os seus desejos, seu relacionamento com Peter Van Dan que tem início como uma forte amizade e os dois acabam se beijando, mas logo em seguida ela percebe que aquilo foi só um momento.

“Acho que o que me está acontecendo é tão maravilhoso, não apenas as transformações que se podem ver em meu corpo, mas principalmente o que está acontecendo dentro de mim! Nunca falo com ninguém sobre essas coisas, por isso tenho de falar delas comigo mesma.”

O tempo vai passando  e a dificuldade de convivência entre essas pessoas ficam cada vez mais evidente. Anne e sua mãe tem discussões terríveis e o relacionamento entre as duas é bastante difícil. Mas, apesar de tudo Anne tenta manter os sonhos e imagina o que irá fazer quando conseguir sair daquele lugar. Pensa em ser jornalista, escrever vários livros, viajar para outros países e aprender outros idiomas. 

Contudo, durante o tempo em que esteve no esconderijo, ela passou estudando muito, fez curso por correspondência, leu clássicos, estudou a árvore genealógica de reis, rainhas e pessoas importantes, também iniciou um livro que não concluiu e escreveu este diário. Na maior parte do tempo todos tentavam fazer daquele momento o mais “normal” possível. Comemoravam aniversário, dia de São Nicolau e outras datas importantes para os judeus.

“Hoje é aniversário da sra. Van Daan. Demos a ela um pote de geléia, alguns cupons para queijo, carne e pão. Do marido, de Dussel e de nossos protetores, recebeu coisas de comer e flores. Esses são os tempos em que vivemos!”

Infelizmente, quando a Guerra está quase terminando alguém denuncia o esconderijo e todos do anexo secreto são presos e deportados. A família de Anne é separada, porém ela e Margot ficam juntas e acabam morrendo de tifo em um campo de concentração em março de 1945.

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Dos oito moradores do anexo, o único sobrevivente é Otto Frank, o pai de Anne volta e recebe de uma amiga os escritos que Anne deixou e que mais tarde viriam a se tornar este diário.

É possível perceber através da escrita deste livro o amadurecimento de Anne enquanto viveu no anexo. Ela passa por grandes dificuldades, porém, se mostra uma garota bastante madura para a pouca idade que tem. Este diário é uma leitura indispensável para todas as pessoas. Pois, o mundo jamais deverá esquecer desse terrível período da história da humanidade. E assim, evite que algo semelhante venha a acontecer novamente.

Já li muitas obras sobre o Holocausto e a Segunda Guerra, porém, nenhuma delas mexeu tanto comigo quanto este diário. Como não se emocionar sabendo que a pessoa que escreveu este relato estava sentindo aquilo tudo na própria alma? Além disso, é muito doloroso ler estas palavras hoje, sabendo de tudo o que veio a acontecer depois, a essas pessoas.

Me conta nos comentários se você gostou da resenha de O Diário de Anne Frank.

“Quantas vezes já me perguntei se não teria sido melhor para todos nós não nos havermos escondido, se não teria sido melhor estarmos mortos em vez de termos que passar por toda essa miséria, principalmente porque, assim, não estaríamos arrastando ao perigo nossos protetores. Mas a verdade é que fugimos desses pensamentos, pois ainda amamos a vida, a natureza, e, apesar de tudo, esperamos. Que aconteça alguma coisa: tiroteio, se preciso for. Nada nos abate mais do que esta incerteza. Que venha o fim, por pior que seja; pelo menos havemos de saber se vencemos ou perdemos.”

Resenha O Diário de Anne FrankTítulo: O Diário de Anne Frank
Ano: 2007
Páginas: 378
Editora: Record
Skoob: adicione
Onde comprar: Amazon

Sinopse: 12 de junho de 1942 – 1º de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. A força da narrativa de Anne, com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus, faz deste livro um precioso documento. Seu diário já foi traduzido para 67 línguas, e é um dos livros mais lidos do mundo. Ele destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito.

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20 comentários em “Resenha: O Diário de Anne Frank”

  1. O fato é que, O Diário de Anne Frank não é um livro sobre a guerra, sobre o Holocausto ou puramente sobre os judeus. O Diário de Anne Frank é um livro sobre os pensamentos, sentimentos, memórias, medos, transformações e ações de uma adolescente que foi pega nesse rodamoinho.Em minhas percepções sobre considero impossível ler essa obra sem se comover com a vivencia de Anne.

    1. Concordo. E creio que seja por isso que esse diário tem sido tão aclamado. Ele toca diretamente no nosso íntimo, e nos identificamos com esses sentimentos e medos que são tão comuns na adolescência. No entanto, a questão da guerra tb é algo que toca muito e não tem como não se emocionar com os relatos de Anne.

  2. Estou lendo no momento pois minha professora de português resolveu me emprestar o livro, já que é isso que o ensino médio acompanha em história. Fascinante história, triste e envolvente. Eu realmente estou adorando e consequentemente me sentindo triste pelo horror vivido. Assisti alguns filmes sobre a guerra e realmente é triste e revoltante a raça do ser human.

  3. Estou lendo no momento pois minha professora de português resolveu me emprestar o livro, já que é isso que o ensino médio acompanha em história. Fascinante história, triste e envolvente. Eu realmente estou adorando e ao consequentemente me sentindo triste pelo horror vivido. Assisti alguns filmes sobre a guerra e realmente é triste e revoltante a raça do ser human.

  4. Lembro de querer muito esse livro, de ouvir minha mãe dizer que leu na adolescência e que era triste por ser passar na época do holocausto. Só sabia disso. Quando eu terminei de ler não parava de soluçar de tanto chorar, porque a história é real.

  5. Segunda Guerra Mundial é um tema muito interessante, acho que esse livro deve ser colocado em minha lista. Em ‘A culpa é das estrelas’, esse livro é bastante citado, se não me engano.

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