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Que horas ela volta? Filme Nacional

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O filme Que Horas Ela Volta narra a história de Val (Regina Casé), uma pernambucana que deixa sua terá natal e vai trabalhar para São Paulo à procura de uma vida melhor.

Ela trabalha como empregada doméstica na casa do casal Carlos (Lourenço Mutarelli) e Bárbara (Karine Teles).

Nessa residência ela faz de tudo: lava, cozinha, põe a mesa, retira os pratos, além de cuidar de Fabinho (Michel Joelsas) a quem ela dispensa todo carinho de mãe, já que, foi obrigada a deixar sua única filha no nordeste.

A trama – Que Horas Ela Volta

Bárbara é uma estilista famosa que está sempre em seus compromissos e assim, está sempre ausente.

Diante disso, surge a frase “que horas ela volta?” Assim, em decorrência da ausência materna, ele cria um vínculo afetivo muito grande com a empregada.

Nesse sentido, uma cena retratada na mesa do jantar, nos mostra a rotina e a frieza do relacionamento entre as pessoas daquela família.

Assim, todos à mesa cada um com seu celular, cada um no seu mundinho paralelo.

Nenhuma conversa, nenhum olhar, nenhuma interação entre si.

No entanto, tudo sairá da rotina com a chegada de Jéssica (Camila Márdila), filha da empregada que vai pra São Paulo prestar vestibular para Arquitetura.

Ela é uma menina inteligente, questionadora e está longe de se submeter às regras impostas pela dona da casa onde mora.

Outra cena interessante é quando Val apresenta sua filha aos donos da casa e ela diz que irá prestar vestibular para uma determinada instituição.

É possível perceber na expressão dos patrões a frase “como uma filha de empregada, pobre vai passar para essa instituição?”

Ironicamente, Fabinho que fez vários cursos, porém não é muito estudioso, acaba sendo reprovado.

Enquanto, Jéssica que é uma simples filha de empregada acaba passando.

Que horas ela volta

Uma situação ocorrida em cena que eu creio que todos nós já ouvimos algum fato a respeito é sobre o momento em que Jéssica pede um doce depois do almoço e ela pega o sorvete “delas”, pois existem dois tipos: o especial dos patrões e o da empregada.

Diante de toda a situação vivenciada, Val tenta fazê-la compreender qual a sua “posição” na casa, dizendo a ela que “Tem coisas que a gente já nasce sabendo”.

Leia também: Resenha do filme O Amante de Lady Chatterley

Val já está há uma década na casa, ou seja, ela já é “quase” da família.

O filme Que Horas Ela Volta faz uma crítica às desigualdades sociais, à maneira como as empregadas domésticas são tratadas pela classe média e alta.

Enfim, vale muito a pena assistir!

Filme - Que horas ela volta-2

Título: Que horas ela volta?
Gênero: Drama
Duração: 114 minutos
Direção: Anna Muylaert
Ano de Lançamento: 2015

O filme está disponível na Netflix

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7 comentários

  • Eva Xavier

    Amei o filme!!! Somente agora o assisti por acaso, numa hora não muito comum pra mim! Depois do Altas Horas! Sempre gostei muito de Regina Casé, e o filme foi muito bem protagonizado por ela! Aprecio seu trabalho desde sua participação no sítio do pica pau amarelo. Acabei falando mais dela, não foi?! Mas acho q ela se sobrepõe ao próprio filme!!

    • Davyd X

      Meu, que filme bom! Retratou essa cultura escravagista brasileira, de cultivar as mordomias tendo o mordomo ao lado, enquadrou este aspecto idiota junto a uma quebra de filosofia do ser ou do não ser. Algo completamente estrangulador quando põe na mesa que somos todos humanos e que essa coisa de classe social é baixeza. Ótimo filme! O diretor coreano do Parasita deve ter se amarrado nesse filme hahaha

  • Amanda Oliveira

    Olá, vi esse filme q pouquinho tempo e realmente é muito bom. E trata de assuntos relevantes.
    Também tenho um blog teoriadoacaso.WordPress.com Falamos sobre vários assuntos, de uma olhada se quiser. Bjs

  • Lunna Guedes

    Ainda não vi esse filme, mas já participei da “realidade” que ele retrata e confesso que fiquei espantada em ver que os empregados eram “estranhos” na casa das pessoas. Vim de outra realidade em que o “quase” não existia porque era uma pessoa da família, conhecia melhor a nossa casa que nos mesmos e a nós também. Mas não tinha o sorvete dela como no filme.
    Quando fui morar com mio amore a moça que trabalhava na casa não se sentava a mesa com a gente. Foi muito difícil mudar isso. Ela me dizia que sabia o seu “lugar”. Acho certas coisas estranhíssimas… Bacio

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