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Cangalha do Vento: A Literatura Nordestina que encanta e provoca

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Cangalha do Vento – contos que se entrelaçam, de Luiz Eudes, é um livro que nos leva de volta ao Junco, atual Sátiro Dias, que ficou eternizada na obra Essa Terra, de Antonio Torres.

Esta é uma obra que mergulha na essência da cultura nordestina e retrata os integrantes de uma família, que mesmo tendo passado boa parte da vida longe do lugar de origem, nutre uma enorme vontade de regressar às suas raízes.

Através de uma narrativa visceral e sensível, o autor apresenta uma história que mistura o fantástico e o real, criando um enredo marcante sobre o cotidiano de uma região rica em simbolismos e contrastes.

Para quem é apaixonado pela literatura brasileira, especialmente a nordestina, essa obra se revela um convite a compreender a força de seu povo e a complexidade de sua existência.

Em Cangalha do Vento, as personagens são um dos pontos mais ricos e profundos da obra. O protagonista, que não possui um nome fixo, é uma figura que pode representar qualquer nordestino que vive sob o impacto do clima implacável e da desigualdade social.

Sua trajetória é marcada por encontros e despedidas, amores e desilusões, e uma luta constante pela sobrevivência. Outros personagens se destacam pela complexidade emocional e psicológica, como a misteriosa mulher que aparece em momentos chave, desafiando a razão e a lógica da realidade.

É um livro muito gostoso de ler e que eu senti uma grande nostalgia, pois, sou do interior da Bahia e muito do que é mostrado nessas páginas, é algo que eu ou meus familiares já vivenciou de perto.

Além disso, o autor aborda temas importantes como a seca, a ditadura militar, a religiosidade, enfim, trata da condição humana.É um livro, relativamente curto, com uma linguagem simples e poética que casa perfeitamente com as ilustrações de Samuel Costa.

Cangalha do Vento, Luiz Eudes

ISBN-10: 6588707002
Ano: 2020 / Páginas: 106
Idioma: português
Editora: Zarte

Luiz Eudes faz um excelente trabalho ao unir aspectos da cultura popular nordestina com uma narrativa bem estruturada e envolvente.

O modo como ele utiliza a linguagem é também um ponto forte: entrelaçando o coloquial e o poético, o autor consegue transmitir com riqueza as emoções e as lutas internas de suas personagens, sem nunca perder a conexão com a realidade social.

A prosa de Luiz Eudes é carregada de metáforas, referências culturais e simbólicas que podem exigir um pouco mais de atenção e interpretação. Isso, claro, não diminui o impacto da obra, mas torna-a mais exigente, o que é um convite para uma leitura mais profunda.

Recomendo muito para quem gosta de livros ambientados no sertão nordestino e de conhecer um pouco mais sobre o ser humano em suas diferentes facetas.

Sinopse: O novo trabalho de Luiz Eudes é um brinde ao seu público leitor por sua forma lírica de traçar uma linha imaginária que persegue todos os contos e podem perfeitamente se entrelaçarem formando uma bela novela, pois o pano de fundo é sempre o mesmo: o Junco, o lugar de sua gente.
O teor criativo reflete a afetividade que o autor nutre pelo seu lugar (Sátiro Dias), pois além da escrita leve e solva, a cidade imaginária tratada no livro como Junco é uma espécie de homenagem a cidade real que o inspira: Sátiro Dias

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