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Resenha: A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água

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A resenha de hoje é do livro A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, de Jorge Amado, que foi lançada em 1961 e retrata um personagem boêmio que vive à margem da sociedade.

Ele nos leva a repensar a maneira como é tratada a pessoa que não se sujeita a viver de acordo aos padrões impostos e como sua própria família a renega, para que assim, não seja também julgada pelo grupo social ao qual faz parte.

No início do livro, já temos uma afirmação: Quincas Berro D’Água morreu. No entanto, não era possível afirmar como e quando ocorreu essa morte e, além disso, essa não seria sua única morte.

Mas, se voltarmos um pouco no tempo, iremos conhecer Joaquim Soares da Cunha, um funcionário público exemplar, que durante muitos anos exerceu sua função com retidão, sendo respeitado e admirado pelos colegas e amigos.

Certo dia, aos cinquenta anos de idade, Joaquim soares da Cunha abandonou casa, família e amigos para viver nas ruas.

Neste lugar encontrou novos amigos, os quais viriam a se tornar sua nova família. Assim, ocorreu a sua primeira morte, a morte moral, pois para todos os seus convivas, principalmente para a família, Joaquim Soares da Cunha havia morrido. 

Quanto à morte física, há controvérsias. A versão oficial afirma que Quincas morreu sozinho de causas naturais e foi encontrado pela manhã no quarto onde morava.

A família foi avisada e após algumas discussões resolveram velar o corpo lá mesmo. Durante o velório estavam presentes sua filha Vanda, seu genro Leonardo, seus irmãos Marocas e Eduardo e seus atuais amigos Pé de Vento, Cabo Martim, Curió e Negro Pastinha.

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Logo depois das dez da noite, os familiares de Quincas resolveram ir descansar, deixando o morto aos cuidados de seus amigos.

Estes em determinado momento começaram a acreditar que Quincas estava vivo e resolveram ir à um passeio noturno. Andaram pelas ruas até chegar ao saveiro de mestre Manuel para apreciarem a sua famosa moqueca.

Assim, a noite estava animada, todos ouviam música e conversavam. Ao se darem conta, o saveiro tinha se afastado do cais e uma tempestade se aproximou rapidamente, as ondas jogavam o barco de um lado para outro e nesse instante viram quando Quincas se jogou ao mar e disse sua última frase:

“Me enterro como entender/ Na hora que resolver./Podem guardar seu caixão/Pra melhor ocasião./Não vou deixar me prender/ Em cova rasa no chão”.

E foi impossível saber o resto de sua oração.

Por fim, narrado em terceira pessoa, A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água é uma novela dividida em doze capítulos curtos, apresenta uma linguagem simples, o que proporciona uma leitura rápida e agradável.

O livro tem um posfácio escrito por Affonso Romano de Sant’Anna, além de informações sobre o autor, capas de publicações da obra em outros idiomas e fotos de algumas páginas dos originais da obra.

Por tudo isso que você acabou de ler, e por muitos outros motivos que não estão descritos, indico essa obra.

Gostou da resenha de A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água? Clique neste link e compre o seu exemplar!

A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água - Jorge Amado

ISBN: 978-85-3591-183-1
Ano
: 2008 
Editora: 
Companhia das Letras 
Páginas
: 92
Skoob:
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Sinopse: O respeitável Joaquim Soares da Cunha, funcionário exemplar da Mesa de Rendas Estadual da Bahia, rompe com a família e as convenções sociais para viver aventuras no porto e na zona do meretrício de Salvador. Agora se chama Quincas Berro D’água.

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3 comentários em “Resenha: A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água”

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