A resenha hoje é sobre o livro A Metamorfose, de Franz Kafka. Ele traz a história de Gregor Samsa, um jovem caixeiro viajante que sustenta sua família composta pelo pai, a mãe e por uma irmã mais nova.
Certo dia ao acordar Gregor se vê transformado em um horroroso inseto. Diante disso, sua maior preocupação é estar atrasado para o trabalho.
“Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”.
Desse modo, ao descobrir o ocorrido, a família de Gregor passa a repudiá-lo, sem ao menos tentar descobrir como aquilo aconteceu e acaba por deixá-lo preso no quarto, longe do convívio familiar.
E assim, apenas a irmã se dispõe a servir a comida e fazer a limpeza do seu quarto. No entanto, com o passar do tempo isso também será deixado de lado.
Por outro lado, um fato interessante da narrativa é que a “metamorfose” ocorre não apenas com Gregor, mas também com toda a família, pois diante de sua incapacidade de trabalhar, todos os outros integrantes viram-se diante da necessidade de buscar o seu próprio sustento. Além disso, a família aluga um quarto da casa para complementar a renda.
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No decorrer da história o leitor irá acompanhar todo o sofrimento e rejeição sofridos por Gregor e assim conhecerá o desenlace da sua história.
A Metamorfose é uma novela que foi escrita em 1912 e publicada em 1915. A história escrita por Franz Kafka nos traz questionamentos que ainda hoje permeiam a nossa sociedade, como a solidão e a exclusão vivenciada pelo protagonista, a impotência do ser humano diante de fatos que fogem ao seu controle.
Trata-se de um clássico que nos leva a refletir sobre diversos temas do mundo contemporâneo.
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ISBN: 978-85-7164-685-8
Ano: 1997
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 96
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Sinopse: A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante – o famoso Gregor Samsa – transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana – tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.
Não é um livro que dá medo, mas que faz pensar… é como se a pessoa aceitasse um único lugar dentro de si, como se fosse estranhamente, um Mundo único, onde na verdade os “bichos” são os outros.
Paulinho Dhi Andrade
Kafka é um excelente autor. O livro dele remete bem a visão Nietzschiana (referência ao filósofo alemão Friedrich Nietzsche) da “Decadence” que o mundo contemporâneo convive através do isolamento por Dogmas e pragmas que insistem em habitar em nosso contexto, mas que não se sustentam de forma alguma.
Sensacional esse livro!
“Não era um sonho. Seu quarto, um autêntico quarto humano, só que um pouco pequeno demais, permanecia calmo entre as quatro paredes bem conhecidas”… sempre que leio esse trecho do senhor Kafka, penso que ele citou quatro paredes em referência linear as patas no lugar das mãos e também dos pés e o humano a espiar-se na condição nova e refém do próprio asco. rs
Gosto imenso desse livro
bacio
Muito interessante a sua interpretação.
Obrigada por comentar!