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Resenha: A Bibliotecária de Auschwitz – Antonio G. Iturbe

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O post de hoje é uma resenha do livro A Bibliotecária de Auschwitz, uma história baseada em fatos reais e narrada em terceira pessoa.

Com uma descrição minuciosa, de maneira que leva o leitor a vivenciar os fatos e por esse motivo é uma leitura muito sofrida.

Do mesmo modo, vamos conhecer a história de Dita Adlerova, uma menina levada com seus pais para o campo de concentração de Auschwitz. Lá, ela é designada para ocupar o cargo de bibliotecária do Bloco 31. Mas como isso é possível, uma biblioteca dentro de Auschwitz?

“Num lugar como Auschwitz, onde tudo é projetado para fazer chorar, o riso é um ato de rebeldia.” (pág.188)

O Bloco 31 é um barracão destinado às crianças, local onde elas têm apenas atividades lúdicas, pois, era proibido o ensino de qualquer disciplina escolar.

Graças a Fredy Hirsch, um instrutor de esportes juvenis, que “conseguiu convencer as autoridades a manter as crianças entretidas num barracão facilitaria o trabalho dos pais naquele campo BIIb”.

resenha do livro A Bibliotecária de Auschwitz

Assim, ele se tornou o responsável por aquele local onde, clandestinamente, funcionava uma escola. Diante de tanto sofrimento, dos trabalhos forçados, da fome e do frio, no Bloco 31 todos eram levados a sentirem-se pessoas.

Quando as pessoas são arrebanhadas, marcadas e sacrificadas como animais, chegam a acreditar que são quadrúpedes. Rir e chorar faz com que se lembrem que ainda são pessoas.” (pág. 31)

Naquele lugar onde, constantemente a morte se fazia presente, Dita, Fredy Hirsch e os demais professores tentavam levar àquelas crianças um pouco de alegria e conhecimento.

A biblioteca do Bloco 31

A biblioteca do Bloco 31 era formada por oito livros, dentre eles dois romances um escrito em russo e o outro em tcheco, que apesar de escritos em uma língua diferente eram utilizados nas aulas.

Além disso, Dita recrutava os ‘livros vivos’, que eram professores que conheciam profundamente uma determinada obra e contava a história aos alunos.

Através da narrativa vamos conhecendo outros personagens como Margit, que fará parte da vida de Dita, uma amiga a quem ela terá como uma verdadeira irmã.

E também, o Dr. Mengele, um médico nazista que, segundo os comentários ouvidos no campo era o responsável por experimentos terríveis utilizando seres humanos, e tantos outros que surgirão no decorrer da história.

Dita é uma menina ativa, disposta e cheia de esperança. Ela se espelha no líder do Bloco 31, que a incentiva a nunca desistir, que um dia a verdade aparecerá para o mundo e eles serão libertos daquele lugar de sofrimento.

No final de A Bibliotecária de Auschwitz, o autor traz informações acerca de alguns personagens, além de relatos sobre a viagem feita por ele a Auschwitz- Birkenau.

Leia também: A menina que Roubava Livros

Narra sobre as sensações que experimentou naquele local e o encontro emocionante com Dita que ainda vive em Israel. Tudo isso faz parte da pesquisa que resultou nessa obra.

Encontrei alguns erros de revisão, porém, nada que pudesse atrapalhar a leitura e nem a compreensão da mesma.

“A vida, qualquer vida, dura muito pouco. Mas se conseguimos ser felizes, ao menos por um instante, terá valido a pena.” (pág. 259)

Espero que tenham gostado da resenha do livro A Bibliotecária de Auschwitz. Dita Adlerova foi uma verdadeira heroína.

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resenha do livro A Bibliotecária de Auschwitz

ISBN: 978-85-2201-584-9
Editora: Agir
Páginas: 360
Ano: 2014
Skoob: adicione
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Muitas histórias do horror e sofrimento testemunhados dentro dos campos de concentração nazistas são contadas e recontadas, já estão gravadas e arquivadas. É difícil, nesses relatos, encontrar atos de esperança e força diante de todo o mal registrado durante o Holocausto.A Bibliotecária de Auschwitz é um livro diferente. É uma história verdadeira e cheia de detalhes a respeito de um professor judeu, Fredy Hirsh, que criou uma escola secreta dentro do bloco 31, no campo de concentração de Auschwitz, dedicando-se a lecionar para cerca de 5 crianças. Criou também uma biblioteca de poucos volumes com a ajuda de Dita Dorachova, uma menina judia de 14 anos que se arriscava para manter viva a esperança trazida pelo conhecimento e escondia os livros embaixo do vestido.É um registro de uma época sofrida da História, mas que também mostra a coragem de pessoas que não se renderam ao terror e se mantiveram firmes usando os livros como ‘arma’.

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6 comentários em “Resenha: A Bibliotecária de Auschwitz – Antonio G. Iturbe”

  1. Auschwitz, por mais que seja um tema e um lugar extremamente pesado, é algo que deva ser comentado, especialmente para não esquecermos do que somos capazes. Não conhecia esse livro, parece interessante. HM
    Ótima resenha.

    Bjs.
    Vidaemserie.com

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