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Resenha do Livro O Cortiço, de Aluísio Azevedo

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No post de hoje eu trouxe a resenha do livro O Cortiço, de Aluísio Azevedo.

A obra transporta o leitor para o Rio de Janeiro do final do século XIX, apresentando um retrato visceral da vida nas habitações coletivas conhecidas como cortiços.

Com uma linguagem direta e cativante, o autor mergulha no cotidiano dos moradores do cortiço de São Romão, revelando suas lutas, paixões e conflitos em meio a um ambiente de extrema precariedade e desigualdade social.

A primeira impressão que temos ao adentrar nas páginas de O Cortiço é a riqueza de detalhes com que Aluísio Azevedo descreve o cenário urbano e os personagens que o habitam.

Desde os becos apertados e sujos até as festas animadas e os conflitos cotidianos, cada elemento é meticulosamente construído para nos imergir na atmosfera caótica e vibrante do cortiço.

No centro da trama estão os moradores do cortiço, uma mistura eclética de pessoas de diferentes origens e classes sociais.

Destacam-se figuras como João Romão, o ambicioso comerciante que constrói o cortiço a partir do nada;

Rita Baiana, a sensual e enigmática mulata que conquista os corações dos homens do lugar; e Jerônimo, o trabalhador esforçado que busca ascender socialmente.

Um dos temas centrais de O Cortiço é a exploração e as relações de poder que permeiam a vida no cortiço.

Desde as disputas por espaço e influência até a exploração dos mais fracos pelos mais fortes, o livro expõe as injustiças e desigualdades sociais que caracterizavam a sociedade brasileira da época.

Por meio das vivências dos personagens, Aluísio Azevedo lança uma crítica contundente aos problemas sociais e morais de sua época, como a miséria, a exploração do trabalho, a prostituição e o preconceito racial.

resenha o cortiço

No entanto, o autor também nos mostra o lado humano dessas questões, revelando a complexidade e a profundidade das experiências individuais de cada personagem.

A Tragédia e o Destino dos Personagens

À medida que a trama avança, somos levados a um desfecho inevitável marcado pela tragédia e pela destruição.

Os sonhos de ascensão social de Jerônimo e Rita Baiana são frustrados pela ganância e pela ambição desmedida, enquanto João Romão enfrenta as consequências de seus atos egoístas e cruéis.

A morte e a destruição pairam sobre o cortiço, simbolizando o destino trágico de uma sociedade corroída pela desigualdade e pela injustiça.

O Cortiço, de Aluísio Azevedo é uma obra-prima da literatura brasileira que continua a ressoar com força e relevância nos dias de hoje.

Por meio de uma narrativa envolvente e provocadora, o autor nos convida a refletir sobre as questões sociais e morais de nossa própria época, enquanto nos emociona e nos comove com as histórias dos moradores do cortiço de São Romão.

Uma leitura imperdível para quem deseja entender melhor as complexidades da vida urbana e das relações sociais no Brasil do século XIX.

Se você gostou da resenha do livro O Cortiço, leia no link a seguir alguns trechos marcantes da obra.

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