Resenha: Memorial de Maria Moura – Rachel de Queiroz

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O post de hoje trata-se de uma resenha do livro Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz.

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Ele conta a história de Maria Moura, uma jovem que encontra sua mãe enforcada.

Supostamente suicídio, mas logo Moura desconfia do padrasto Liberato, que andava com grande interesse em tomar posse dos bens da sua mãe.

Pouco tempo depois, Liberato seduz Maria Moura que não resiste e acaba na cama do padastro, porém, quando se dá conta do real interesse dele, ela decide se vingar e seduz um jovem da fazenda para matar Liberato.

No entanto, Jardilino quer a sua “recompensa” pelo trabalho e Moura logo cria uma armadilha na qual Jardilino também acaba morto. 

Com isso, o plano de Maria Moura tem êxito, mas ela tem um novo desafio pela frente: os primos Tonho e Irineu que tentarão receber sua parte na herança.

Mas Moura não está interessada em dividir a propriedade e quando a justiça determina que seja feita a partilha, ela resolve atear fogo na casa e partir em busca da Serra dos Padres, pois neste local estão as terras do seu finado avô.

Desse modo, para esta aventura ela conta com João Rufo seu fiel protetor e mais três homens: Zé Soldado, Maninho e Alípio.

Em um ambiente predominantemente masculino, Moura passa a se vestir de homem e corta o cabelo bem curto, segundo ela para se impor respeito e passa a liderar aquele bando de jagunços.

Durante a viagem, o grupo começa a roubar o que conseguir para sobreviver. 

Após muito tempo saqueando e juntando dinheiro, Moura consegue realizar o seu plano de recuperar as terras do seu avô, construir uma casa grande e se tornar respeitada em toda região. 

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A história desse livro já inicia com uma tremenda agitação: perseguição, tiros e tudo que você possa imaginar que exista em um romance sobre cangaceiros no sertão nordestino, em pleno século XIX. 

Memorial de Maria Moura é um entrelaçado de várias outras histórias que de alguma forma culminam com a principal.

Tem a história do Beato Romano, um padre que se envolveu com uma fiel da igreja e após uma tragédia precisou fugir.

Tem ainda Marialva que se apaixonou e fugiu para se casar com um saltimbanco de olhos verdes iguais aos dela, a história de Duarte que é filho de uma escrava e meio-irmão de Tonho, Irineu e Marialva, dentre tantas outras que irão compor essa bela obra de Rachel de Queiroz.

Memorial de Maria Moura é narrado em primeira pessoa e apresenta cinco narradores: Beato Romano, Moura, Tonho, Irineu e Marialva e sempre trazendo o nome de cada um deles como título de cada capítulo.

Isso facilita na hora da leitura, visto que a história não é única e muito menos linear. Sem este recurso acredito que dificultaria um pouco a compreensão do leitor.

Apesar de ser uma história ambientada no século XIX, Memorial de Maria Moura aborda superficialmente o tema da escravidão.

A história me fez lembrar de outras, também ambientadas do sertão no início do século XX.

Enfim, gostei muito dessa leitura, mesmo que em alguns momentos ela tenha se tornado até um pouco cansativa.

O fato de cada capítulo tratar-se de uma história diferente, contada por um narrador diferente ajuda nesses momentos de desânimo.

A parte que mais despertou o meu interesse foi a a história do Beato Romano. Pois, trouxe várias cenas bastante dramáticas e com certa dose de suspense que eu aprecio muito em uma obra. 

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Em 1994, Memorial de Maria Moura foi adaptada para a televisão e a personagem de Maria Moura foi interpretada pela atriz Glória Pires.

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Resenha: Memorial de Maria Moura - Rachel de Queiroz

ISBN-10: 8503008114
Ano: 2004
Páginas: 503
Editora: José Olympio
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Sinopse: O romance que inspirou a minissérie da TV Globo. Autora de destaque na ficção social nordestina, Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras (1977) e também a primeira mulher a ser agraciada com o Prêmio Camões (1993). É considerada por muitos como a maior escritora brasileira, tendo inaugurado a grande ocorrência literária e estética do Brasil no século XX: o romance do Nordeste. Rachel jamais se despojou de sua condição primordial, demonstrando preocupação com questões sociais e habilidade na análise psicológica de seus personagens. Aos 82 anos, publicava esta saga de Maria Moura, que é a culminância surpreendente e magistral de sua obra e de sua vida.

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