Resenha: Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa

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No post de hoje, eu trouxe a resenha de Grande Sertão: Veredas, uma das mais importantes obras da Literatura Brasileira.

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A história é narrada por Riobaldo, um ex-jagunço que relata os acontecimentos da sua vida a um homem forasteiro, um interlocutor que não se manifesta na narrativa.

Nesse sentido, por meio das reflexões do narrador, vamos conhecendo a  vida, os medos e os amores de Riobaldo.

Além do modo como viviam aqueles jagunços, as batalhas travadas contra “os homens do governo”, Hermógenes e o seu bando e as várias disputas entre os jagunços rivais.

“De tudo não falo. Não tenciono relatar ao senhor minha vida em dobrados passos; servia para que? Quero é armar o ponto dum fato, para depois lhe pedir um conselho. Por daí, então, careço de que o senhor escute bem essas passagens! da vida de Riobaldo, o jagunço.”

Riobaldo tem uma noiva chamada Otacília. No entanto, quando ele passa a fazer parte de um novo bando e conhece Reinaldo, um jagunço de olhos verdes, os dois iniciam uma grande amizade.

Logo, Riobaldo se apaixona por Reinaldo e este revela que seu verdadeiro nome é Diadorim. 

O pacto fáustico

Além desse processo de descoberta do amor entre os dois jagunços, um dos momentos mais importantes da narrativa é quando acontece o pacto fáustico.

Riobaldo está passando próximo a um local conhecido como Veredas-Mortas e neste lugar ele faz um pacto com o diabo para conseguir vencer os seus inimigos.

O misticismo é um elemento recorrente na obra. Logo, a existência do diabo, assim como Deus e a religiosidade fazem parte de grande parte dos diálogos.

Em vários momentos eles contam casos e eventos sobrenaturais. 

“O Pacto! Se diz – o senhor sabe. Bobeia. Ao que a pessoa vai, em meia noite, a uma encruzilhada e chama fortemente o Cujo – e espera. Se sendo, há-de-que vem um pé de vento, sem razão, e arre se comparece uma porca com ninhada de pintos, se não for uma galinha puxando barrigada de leitões. Tudo errado, remendante, sem contemplação… O senhor imagina percebe? O Crespo a gente retém – então dá um cheiro de breu queimado. E o dito – o Côxo – toma espécie, se forma!”

Com isso, na narrativa existe um mistério que será revelado apenas nas páginas finais do livro. E é uma das passagens mais emocionantes da história.

Sei que esta obra já é bem conhecida por muitas pessoas, mesmo quem ainda não leu a história, já sabe basicamente de importantes acontecimentos da trama.

Pois muitas pessoas já assistiram a obra adaptada para a televisão. 

Leia também: Morte e Vida Severina

A narrativa é ambientada em três estados: Goiás, Minas Gerais e Bahia. A linguagem em Grande Sertão: Veredas é bastante peculiar. Com muitos neologismos e originalidade, Guimarães Rosa abusou da linguagem coloquial, popular e regionalista. 

A história é narrada em primeira pessoa e não possui divisões em capítulos, é como se fosse um relato contado de uma só vez. No entanto, a narrativa não é linear, apresentando várias digressões do narrador.

Grande Sertão: Veredas não é apenas uma história sobre o sertão, é uma grande metáfora sobre o ser humano, sobre a vida, sobre a existência. 

Viver é negócio muito perigoso…

Portanto, é importante dizer que, apesar de ser uma leitura difícil de se fazer, ler Grande Sertão: Veredas não é impossível.

Existem muito textos de apoio e muito material na internet para auxiliar na compreensão da mesma. Mas, posso afirmar que apesar da dificuldade, vale muito a pena conhecer essa história. Recomendo muito a leitura!

Gostou da resenha de Grande Sertão: Veredas e se interessou pela obra? Adquira o seu exemplar através deste link e apoie o meu trabalho no blog.

Resenha: Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa

ISBN-13: 9788520922675
Ano: 2015
Páginas: 496
Editora: Nova Fronteira
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Sinopse: A Nova Fronteira traz ao público esta nova edição em capa dura de Grande sertão: veredas. Livro fundamental na literatura brasileira, o romance João Guimarães Rosa, publicado em 1956, foi escolhido pela Folha de São Paulo, pela Revista Época e por várias associações internacionais como um dos 100 maiores livros da literatura universal do século XX. Nesta obra de Guimarães Rosa, o sertão é visto e vivido de uma maneira subjetiva e profunda, e não apenas como uma paisagem a ser descrita, ou como uma série de costumes que parecem pitorescos. Sua visão resulta de um processo de integração total entre o autor e a temática, e dessa integração a linguagem é o reflexo principal. Para contar o sertão, Guimarães Rosa utiliza-se do idioma do próprio sertão, falado por Riobaldo em sua extensa e perturbadora narrativa.
Encontramos em ´Grande Sertão-Veredas´ dimensões universais da condição humana – o amor, a morte, o sofrimento, o ódio, a alegria – retratadas através das lembranças do jagunço em suas aventuras no sertão mítico, e de seu amor impossível por Diadorim.

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