A vida que ninguém vê, de Eliane Brum é uma coletânea de 21 crônicas criadas a partir de relatos vivenciados por pessoas anônimas.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!São histórias que, inicialmente foram publicadas em uma coluna do Jornal Zero Hora e posteriormente, transformadas em livro.
“Uma frase só existe quando é a extensão em letras da alma de quem a diz”
“Não há nada mais triste do que enterro de pobre porque não há nada pior do que morrer de favor. “
Eva, uma mulher que recusou a ser vítima, apesar de reunir todos os requisitos para tal sentença: era mulher, negra e pobre.
No entanto, ela enfrentou todos os obstáculos, e mesmo a sua limitação física não foi suficiente para fazê-la desistir dos seus sonhos.
“A vida é pródiga em paradoxos. O de Eva é que a odeiam porque não podem sentir pena dela. É o do mundo é que as piores deformações são as invisíveis.”
Em suma, outros personagens fascinantes vão surgindo no decorrer do livro como Adail que passou a vida toda trabalhando no aeroporto e nunca viajou de avião.
Tierri que sempre chora em todos os velórios, mesmo o de pessoas desconhecidas por ele, Clodair, com sua voz grave anunciando jogos de loteria e que se tornou o terror dos alunos do pré-vestibular, dentre tantos outros.
Como sugere o título, A vida que ninguém vê pode ser compreendida como a existência de histórias de pessoas comuns.
E que na maioria das vezes não são destaque nos meios de comunicação e que fazem parte do nosso cotidiano.
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Sobre o aspecto físico, o livro é em brochura, apresenta uma boa diagramação, as fontes são confortáveis e tem uma boa revisão.
Eliane Brum conseguiu enxergar na vida dessas pessoas histórias de valor que de alguma forma nos tocam e nos encantam.
Pois, as vidas que ninguém vê podem um dia serem vistas e proporcionar grandes experiências para outras pessoas.
Enfim, sonhos, tragédias, descaso, solidariedade são alguns dos elementos que compõe esse livro. Gostou da resenha de A Vida que Ninguém Vê, de Eliane Brum? Compre o seu livro aqui!
Sinopse: Uma repórter em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Uma cronista à procura do extraordinário contido em cada vida anônima. Uma escritora que mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns. O mendigo que jamais pediu coisa alguma. O carregador de malas do aeroporto que nunca voou. O macaco que ao fugir da jaula foi ao bar beber uma cerveja. O álbum de fotografias atirado no lixo que começa com uma moça de família e termina com uma corista. O homem que comia vidro, mas só se machucava com a invisibilidade.
Essas fascinantes histórias da vida real fizeram sucesso no final dos anos 90, quando as crônicas-reportagens eram publicadas na edição de sábado do jornal Zero Hora. Reunidas agora em livro, formam uma obra que emociona pela sensibilidade da prosa de Eliane Brum e pela agudeza do olhar que a repórter imprime aos seus personagens – todos eles tão extraordinariamente reais que parecem saídos de um livro de ficção.
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